domingo, 21 de junho de 2009

Genética molecular: Uma luz para taxonomia dos fungos


O reino dos fungos encontra-se dividido em cinco subdivisões: Mastigomicotina, Zigomicotina, Basidiomicotina, Ascomicotina e Deuteromicotina. Estão assim classificados devido às diferenças morfológicas das estruturas reprodutivas existentes entre eles. Para classificar um fungo, é necessário analisar vários aspectos, macro e micro morfológicos, tendo como base de estudo as estruturas reprodutivas, bem como as células reprodutivas juntamente com o acompanhamento do ciclo assexuado e sexuado do espécime. No caso da subdivisão Deuteromicotina estão inclusos somente os gêneros em que o ciclo sexuado ainda é desconhecido. Logo, com o descobrimento desses ciclos, esta subdivisão tende a reduzir, podendo até acabar.
A grande dificuldade na identificação/classificação de fungos está associada ao fato de que, dependendo da manutenção que o fungo sofreu ele pode alterar suas estruturas e, muitas vezes induzir o taxonomista a uma classificação de gêneros distintos quando estes são iguais. Por isso, na taxonomia de fungos as manutenções dos espécimes são de suma importância, para o sucesso da identificação. Nesse aspecto, ao analisar os fungos em nível molecular, reduzimos a ocorrência desse erro, agilizando a classificação e identificação dos mesmos.
Calcula-se a existência de 100.000 a 200.000 espécies de fungos, e desses 180 são patógeno ao homem (LACAZ et al, 2002). Portanto ao Utilizarmos a biologia molecular para a identificação dos fungos, alcançamos diversos benefícios, como econômicos, pois facilita a identificação de um patógeno sendo possível a medicação com o antifúngico mais correto, como tambem na produção de medicamentos a partir dos fungos; ecológicos no sentido de determinar com certeza a diversidade fúngica do solo, ar e água de uma região, colaborando também nas pesquisas filogenéticas que verificam as relações entre as características existentes nas diversas espécies fúngicas.

Referências consultadas
LACAZ, C. S; PORTO, E; MARTINS, J. E. C.; VACCARI, E. M. H.; MELO, N. T. Tratado de micologia médica. 9ª ed. São Paulo. Sarvier, 2002. 1104 p.

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